Sunday, December 23, 2007
East of the Sun, West of the Moon
Monday, December 17, 2007
That old black magic
Those icy fingers up and down my spine
I should stay away but what can I do
You are the lover that I've waited for
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Wednesday, December 12, 2007
I want love
I want love, but it's impossible
A man like me, so irresponsible
A man like me is dead in places
Other men feel liberated
But I want love, just a different kind
I want love, won't break me down
Won't brick me up, won't fence me in
I want a love that don't mean a thing
That's the love I want,
I want love
Saturday, November 24, 2007
Isolation (un)Controled
Surrendered to self preservation,
These things I could never describe,
These pleasures a wayward distraction,
This is my one lucky prize.
Sunday, November 18, 2007
INLAND REALITY
Esta casa de bonecas foi criada como um espaço igualmente livre, igualmente orgânico, esperançosamente, igualmente criativo. Os corredores vão dar a lugares inesperados, os quartos interligam-se promiscuamente. Não me interessa se o anão dança, a menina chora ou o mimo grita, apenas me interessa que eles existam, que desvendem novas formas de estar e sentir. Acima de tudo, interessa-me isso : sentir.
Ontem, um destes corredores cruzou-se com uma das salas do "mestre omnipresente" e dei por mim, no meio de um descampado, ao lado do próprio Lynch. Ele mesmo, segurando uma bandeira e a falar sobre o quanto a meditação nos põe em contacto com o nível mais alto da existência. E a dizer que estávamos à espera dos músicos...só à espera dos músicos.
To be continued...
Monday, October 22, 2007
Moda LX a preto e branco...
Aqui está um pouco do que aconteceu nestas semanas de ausência "blogista". Para começar, uma viagem ao ritmo das imagens, ao compasso do meu olhar, através de um acontecimento que já pouco me surpreende... se é que alguma vez surpreendeu... desta vez, resolvi ir de máquina em punho, esperando que a objectiva captasse mais e melhor do que o olho nú. O veredicto final é vosso ;) Pela minha parte, diverti-me mais assim, tentando captar aquilo que se esconde no limite entre o visível e o invisível...
Obrigada a todos aqueles que comentaram no post anterior e aos quais, por falta de tempo, não respondi. Um obrigada especial ao Tongzhi : as tuas poucas mas muito significativas palavras foram o eco de que precisava naquela altura. Não vou conseguir explicar o bem que soube, uma manhã, abrir o meu e-mail e vê-las lá. Só acrescento : compreendo-te perfeitamente, o texto foi fruto de situação semelhante. Obrigada :)
Boa semana para todos!
Friday, October 5, 2007
Intervalo
Dá-me vontade de fugir para um lugar qualquer onde gritar seja permitido, onde o histerismo seja normal. Sinto-me desconfortável naquele ambiente solene e sombrio. Sempre gostei do choro e do caos. Parecem-me mais adequados à situação. Não sei como reagir à etiqueta da vigília fúnebre. É anti – natura aquela apatia colectiva, aquele pesar em grupo.
A minha dor não é igual à dos outros. Tal como a dos outros não é igual à minha.
Sempre achei que a dor devia ser vivida na solidão da caverna. Para mim, é surrealmente estranho partilhá-la com um grupo de virtuais desconhecidos, criaturas que não vemos há décadas mas que se acham no direito de exigir uma forma visível de sofrimento, mais para conforto próprio do que nosso. Enquanto o ritual for cumprido sem desvios à regra, tudo pode continuar arrumado na sua "caixa" e o mundo vive em ordem aparente. Todos dormimos melhor no embalo da nossa ignorância infligida, na negação de que viver cansa, dói e faz crescer.
Todos os funerais deviam ser como os rituais índios, com cantos sentidos e melancólicos, ruído de fundo para um sofrimento profundamente íntimo e espiritual. E no final, devolver o corpo aos elementos, numa espiral de fumo e cinzas. Porque somos a "quinta-essência do Pó". Porque pertencemos ao Espaço. Do Big Bang nasceram estrelas, planetas, galáxias. E depois deste Small Bang, é altura de as visitar.
P.S. : Este texto estava na gaveta há algum tempo e veio à superfície agora, não sei bem porquê. Talvez porque tenha visto Hamlet e recordado o belíssimo texto de Shakespeare (numa encenação muito bem conseguida de João Mota). Talvez porque há tanto sobre a Morte e sobre a Existência naquelas palavras, sobre a condição de Ser e um dia Não Ser, sobre a Dor de uma perda tão profunda que levanta todas estas questões e despoleta todos os sentimentos que servem de barro ao Homem. Como diria C.S Lewis, um barro que é moldado por Deus. Eu digo moldado pelo Destino, que no meu vocabulário talvez seja um sinónimo. Destino como Vida, não como Fado e Fatalismo. Essa é apenas uma das estradas...Com Shakespeare, percorremos todas. Porque o Homem tem mais dimensões para além daquelas que o seu corpo define. "Há mais coisas no céu e na terra, Horácio,do que sonha a tua filosofia."
Bom feriado e bom fim de semana a todos!
Sunday, September 30, 2007
A Mighty Heart
Marianne Pearl é uma budista francesa, casada com um judeu americano. Talvez por nunca ter falado apenas uma língua, acredita no diálogo. Acredita que a comunicação é o caminho a seguir, que conhecimento é poder. Se pararmos de ouvir o outro, perdemos a esperança. Quando o seu marido foi capturado e morto, estava grávida de cinco meses e não se podia dar ao luxo de perder essa esperança. Nem deixar que a raiva a dominasse. Marianne Pearl recusou ver a sua Humanidade “amputada”. Ela sabia que o sofrimento é uma palavra da linguagem comum, que entre os bons e os maus há toda uma paisagem indefinida Sabia que a dor dela era igual a tantas outras dores Paquistanesas, que situações como a que vivia eram fruto da ignorância e da miséria – ignorância na recusa de tentar perceber o que nos é desconhecido, sabendo que esse entendimento não nos torna cúmplices nem iguais, apenas mais ricos e apetrechados para lutar. Miséria, porque é essa a principal arma do terrorismo, que a usa como forma de obter aliados. Quando a população de países como o Paquistão tiver as suas necessidades básicas resolvidas, talvez seja mais difícil recrutar membros para as jihads. Manter o corpo prisioneiro para impedir o sustento do espírito é uma arma mais poderosa do que todas as bombas.
Marianne tinha a coragem de reconhecer o que tem em comum com quem mudou a sua vida de forma tão violenta, a coragem de não simplificar uma questão que desafia a explicação mais complexa. Sabia que a morte do seu marido não era culpa nem dos americanos nem dos muçulmanos, era consequência da surdez mundial. E os gritos de desespero que lhe saem das entranhas quando descobre que Daniel foi decapitado, quebram qualquer surdez crónica. São gritos que nos trespassam a pele e fazem eco. Um eco compulsivo e incontrolável. Porque se nos calarmos e simplesmente ouvirmos, nesse silêncio interior em que damos espaço ao outro para ecoar em nós, iremos perceber que falamos todos a mesma língua.
(C) Sebastião Salgado
"If you want to be understood, just listen"
Monday, September 10, 2007
Despojos dos dias (2)
de beleza forjada em ferrugem...
de luz que rompe a escuridão...
Tuesday, September 4, 2007
Smile...
If you just smile
Friday, August 31, 2007
I got life
"Na verdade nada do que é importante e acontece e me faz vivo, tem a ver com o tempo. O encontro com um ser amado,uma carícia na pele, a ajuda no momento crítico, a voz solta de uma criança, o frio gume da beleza - nada disso tem horas e minutos. Tudo se passa como se não houvesse tempo. Que importa se a beleza é minha durante um segundo ou por cem anos?
Stig Dagerman, "A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer"
" Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Wednesday, August 22, 2007
Scream
Tired of injustice
Tired of the schemes
The lies are disgusting
So what does it mean
Kicking me down
I got to get up
You’re sellin’ out souls but
I care about mine
I’ve got to get stronger
And I won’t give up the fight
With such confusions don’t it make you wanna scream
You keep changin’ the rules
While I keep playin’ the game
I can’t take it much longer
I think I might go insane
Stop pressurin’ me
make me wanna scream
Stop
Sunday, August 19, 2007
Catwoman- Volume 3
I rode a tank
Held a general's rank
When the blitzkrieg raged
And the bodies stank
You've got enough there to finish me off?
Don't forget to be the way you are
Don't go and sell your soul for self-esteem
Don't be plasticine
Wednesday, August 15, 2007
Instante
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes
Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio
Sophia de Mello Breyner Andresen
Para o Pinguim e para a Cris, porque as pequenas coisas são também elas fundadas no silêncio...limpas, lisas, brancas e frescas....e aparecem em instantes, pequenos momentos aos quais temos que estar atentos para que não passem por nós como a brisa, sem os sentirmos, a não ser quando já passaram e apenas ficou na pele a última aragem...seja ela quente ou fria...é importante senti-la para poder sentir a verdade do momento...verdade dura ou verdade doce, mas verdade...porque essa brisa já não volta...
Para todos aqueles que têm a capacidade de ver através das pequenas coisas, não se deixando iludir pelas maiores....
Porque os outros se mascaram mas tu não
Sophia de Mello Breyner Andresen
Para a Anita : para mim, este poema da Sophia sempre esteve associado à integridade, a rectidão, ao defender uma série de valores que nos são tão intrínsecos, que os defendemos contra tudo e contra todos. Depois pode ser secundariamente associado a essas qualidades específicamente no amor ou na amizade. Sempre achei, desde que o li a 1ª vez, que era uma descrição perfeita de alguém que poderia amar. E quanto mais o leio, mais me convenço disso. Mas cheguei também à conclusão de que se pode adequar igualmente à amizade, porque integridade e rectidão são qualidades que valorizo em toda a gente, amigos e amantes. E nesse sentido, minha amiga, este poema é para ti, por todos os anos de amizade... :) e porque a rectidão e integridade de que ele fala, me fez lembrar aquela história do teu avô e da sua honestidade, que dizes sempre que passou para ti...portanto, aqui está :)
Bom resto de semana a todos!
Sunday, August 12, 2007
Uma análise imaginária de Diane Arbus
“Fur”, o segundo filme de Steven Shainberg, assume-se como um retrato imaginário de Diane Arbus.
Muitas das críticas na altura da estreia do filme diziam que pouco se aprendia aqui sobre a vida e obra de uma das fotógrafas mais influentes da segunda metade do século XX. E sim, realmente faltam as referências temporais, a sequência de factos. Saltam-se muitas partes importantes da vida de Arbus, como as aulas que teve com Lisette Model, e que a influenciaram profundamente. Mas no que diz respeito às emoções, ao que move o trabalho, está tudo lá. Porque, pegando nas palavras de Arbus, ”Estas são personagens num conto de fadas para adultos”.
“Fur” é menos biografia e mais ilustração visual para o mundo e para o trabalho de Diane Arbus, um conto de fadas grotesco e terno. E o conjunto do trabalho de Arbus parece isso mesmo, um conto de fadas bizarro no qual se procura a verdade crua, aquela que foge por entre os dedos na vida real porque o que está à superfície é mais fácil de agarrar, tem menos contornos.
A câmara de Arbus procurou desvendar um segredo através da realidade que só uma fotografia pode dar, mostrando aquilo que nem sempre é visível a olho nu, mas que a objectiva capta. Uma realidade alternativa mas nem por isso menos verdadeira porque revela o que é profundo, o que se esconde nas margens. Porque a fotografia foca apenas o que é importante, deixando difuso o que nos distrai. No caso de Diane Arbus, foca o rosto do sujeito, freaks, aberrações, doentes de instituições mentais, num frente a frente entre retratado e fotógrafo.
Em quase todas as fotografias de Arbus, os retratados olham directamente a objectiva. Para que quem vê as fotografias também olhe directamente nos olhos dos retratados. E se reconheça. Porque um freak é alguém que não se adapta e para isso não é preciso ter o corpo coberto de pêlo como a personagem de Robert Downey Jr. Basta termo-nos sentido deslocados uma vez na vida para entender. Porque estamos todos interligados. Tal como no filme, em que o alçapão liga a casa de Diane ao sótão de Lionel, uma porta aberta entre o mundo dito normal e um outro, que não encontra definição que lhe assente. Uma porta que Diane tentou sempre abrir com o seu trabalho, porque no fundo sabia que não existe uma divisão e que na maior parte do tempo os verdadeiros freaks estão algures entre um mundo e outro, sem pertencer realmente a nenhum.
Nascida e criada numa família rica de origem judaica, em Nova Iorque, Diane teve acesso privilegiado a tudo. Mas isso não a impedia de ainda muito nova ir para o parapeito do apartamento dos pais e olhar para a cidade cá em baixo, só para perceber se alguma vez conseguiria saltar. Para perceber qual era a sua relação com o abismo.
Quando mais tarde casou com Allan Arbus e se tornou sua assistente de fotografia nas campanhas de moda e publicidade, Diane continuava a olhar para o que a rodeava como se ainda estivesse no parapeito da janela. Um ponto de vista que lhe permitia encontrar algo de estranho e grotesco naquele mundo artificialmente belo, em que tudo era encenado. Devia existir algo de mais verdadeiro e visceral. E aos poucos, começou a explorar a sua própria visão, procurando novamente o tal abismo que tornava tudo mais real, à flor da pele. Deixou as revistas de moda e procurou pelos bares da cidade, pelas ruas, vielas e parques, procurando uma junção entre normal e estranho. O tal espaço intermédio entre dois mundos. E muitas das fotografias de Arbus resultam dessa união de opostos, do elemento perturbador no normal e do quanto o normal pode ser perturbador.
Não é de espantar que o trabalho de Diane Arbus tenha atraído Steven Shainberg. O seu primeiro filme, “A Secretária”, falava também sobre dois inadaptados que encontram contexto um no outro. Aqui não existiam anãs que bebem chá com os pés, gigantes de 2 metros, gémeas siamesas ou sótãos cheios de sensações por descobrir. Mas existia um escritório, também local de descobertas e de abismos, também ele contrastando em conforto e calor com o mundo cá fora, mais asséptico e frio. E nesse espaço muito parecia estranho e bizarro, mas nunca tanto como parecia cá fora. Porque pelo menos sentia-se como verdadeiro. Nem sempre fácil ou bonito, mas honesto. Como o trabalho de Arbus.
E também existiam freaks, mas estes sem nenhuma deformidade física, apenas emocional, que é a verdadeira deformidade e nos pode afectar a todos. Tal como Lionel em “Fur”, que rapa todos os pêlos que lhe cobrem o corpo, para mostrar que por baixo de toda a deformidade continua igual a qualquer outro.
Como a colónia de nudistas que Arbus fotografou, em que famílias inteiras faziam o mesmo que outras tantas famílias faziam por todo o mundo no mesmo instante. A diferença é que estas famílias não tinham roupa. Será essa diferença assim tão grande, será que a aparência tem mais significado do que o gesto em si? Será tudo apenas uma questão de pele?
Diane Arbus usava uma câmara com écran ao nível da cintura para que pudesse interagir com os retratados de uma forma mais directa, sem a invasão de uma objectiva ao nível do olhar. Criava uma espécie de “sótão” ou “escritório” emocional onde o sujeito se sentisse confortável para enfrentar o seu próprio abismo. Observando o écran à medida que falava com eles, procurando o momento em que o sujeito se revelava, para conseguir captar um instante da sua verdadeira humanidade, só possível nesse espaço de segurança.Em 1969, Arbus começa o seu último projecto, fotografando doentes com deficiências mentais em sanatórios. Depois de concluído o projecto, em 1971, Diane Arbus suicidou-se, cortando os pulsos e tomando uma dose elevada de barbitúricos, depois de um longo período em que se encontrou em depressão. É claro que qualquer teoria sobre a sua morte será apenas mera especulação, tal como é apenas especulação e fantasia o mundo que Shainberg criou para ilustrar o trabalho de Arbus. Mas como qualquer artista, Diane tentou sempre tocar o outro, provocar emoções. E tal como o seu trabalho provoca determinadas reacções em Shainberg, eu gosto de acreditar que o confronto olhos nos olhos com aqueles doentes mentais foi demasiado para ela, o reflexo do espelho foi demasiado claro e gritante. O que no fundo, foi o objectivo da sua vida, mostrar um espelho ao mundo cujo reflexo fosse cortante, mas que nunca revelasse tudo, porque “quanto mais nos é mostrado, menos sabemos.” Porque a fotografia é um segredo sobre um segredo.” “Tell me a secret....”.
Wednesday, August 8, 2007
Catwoman - volume 2
He said
"I know you’re looking for something that’s hard to find and I think I have what you have in mind...
"I want some slashes to go with those long eyelashes..."
Help me find the woman behind the cat...
It’s just a thrill" I said as he relaxed on the dark, dark bed...
I've got seven lives left...
Tuesday, August 7, 2007
Catwoman - volume 1
there's just so much you can take before shutting down....
The cat...
the fighter...
More to come on the Catwoman Trilogy....
Monday, August 6, 2007
Bitch...you don't have a future
The world is a nice punching bag....
P.S. : Esta é provavelmente das melhores deixas de filmes de sempre lol "Bitch, you don't have a future". Pensem só nas inúmeras situações do quotidiano em que podemos usar a frase.E em que nos apetece usá-la :P
Saturday, August 4, 2007
Alive and Screaming - Death Proof
Bom fim de semana!
Wednesday, August 1, 2007
Searching my soul
I've been down this road walkin' the line
One by one, the chains around me unwind
I've been searchin' my soul tonight
Baby I been holding back now my whole life
I've been searchin' my soul tonight
Agora só falta que apareça por cá uma edição decente em DVD para comprar e não uma edição em "fascículos" como a que existe... Série 1, dvd 1, Série 1, dvd 20... não há pachorra lol
Beijinhos, bom resto de semana para todos :)
Tuesday, July 24, 2007
Mil Folhas
- Aparição, Vergílio Ferreira (talvez o meu escritor favorito, faz parte do meu sangue)
- As Horas, Michael Cunnigham (é difícil alguém voltar a descrever tudo aquilo que amo no mundo desta forma...)
- O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde (porque inteligência, ironia e alguma crueldade são irresistivéis para mim...)
- O Monte dos Vendavais, Emily Brönte (tudo aqui é sangue, cada emoção é sentida como se fosse a única e a última alguma vez a ser sentida no mundo...)
- Lolita, Vladimir Nabokov (um livro marcado a ferro e fogo na pele...simplesmente adoro porque o mundo não é a preto e branco...)
- 1984, George Orwell ( avassalador pela análise profunda e perspicaz deste "Admirável" Mundo Novo que ainda estamos a descobrir hoje e que Orwell viu com tanta clareza... brilhante)
- O grande Gatsby, F.Scott Fitzgerald ( simplesmente porque o fascínio não se explica e eu sou fascinada por tudo neste livro...)
Parte desta escolha está relacionada com a altura em que foram lidos. Praticamente metade da lista foi lida no Verão em que a minha avó morreu, em que passei muito tempo em casa porque ela precisava de companhia constante. Estes livros foram as minhas testemunhas, a minha companhia, o meu refúgio. E há alturas em que as palavras dos outros são a nossa melhor expressão, o nosso maior conforto...Tal como há alturas, como agora, em que temos a mente tão cheia e tão em alvoroço que parece não haver espaço para deixar entrar outros universos. Talvez por isso não leia um livro já há algum tempo... mas na mesinha de cabeceira está o "Norwegian Wood" do Haruki Murakami, que parece chamar por mim. Se calhar está na altura em que viajar por outros mundos é um imperativo para a sanidade mental...
Aliás, pegando no conceito "livros na mesa de cabeceira" do Senhor do Mundo :P na minha mesa de cabeceira, para além de Murakami, estão sempre "Poemas escolhidos de António Gedeão" (neste momento muito bem entregue noutras paragens, porque as coisas boas são para se partilhar ;) ) "Aforismos" de Oscar Wilde, poemas da Sophia de Mello Breyner e o último bom livro que li...porque quando são muito bons e ficam entranhados, preciso da presença física deles durante algum tempo...simplesmente não consigo arrumá-los na estante de imediato.
Agora Anita, um desafio pessoal : que tal um post com as nossas citações favoritas dos livros favoritos? ;) Sabes bem que somos cromas o suficiente para as termos todas escritas num caderno algures... lol Pensa nisso e diz qualquer coisa ;)
Beijinhos a todos, boa semana :)
Sunday, July 22, 2007
Lady in the Water
Este filme é definido como uma história de embalar. Uma história de embalar que M. Night Shyamalan contava todas as noites aos filhos e que lentamente se foi transformando num argumento. É a estória de Story, uma narf ou ninfa da água, habitante de um mundo antigo que no início dos tempos interagia com o mundo do Homem. Até o Homem se esquecer de como comunicar e ouvir os habitantes do Mundo Azul, perdendo assim parte da sua clarividência e inocência. A passagem da infância à idade adulta.
Cleveland é o porteiro de um complexo de apartamentos, uma figura aparentemente neutra e apática que funciona como elo de ligação entre os vários condóminos, uma rede de seres singulares e estranhos. É ele que encontra a narf na piscina dos apartamentos, é ele a ponte que liga Story ao mundo. O mundo que é obrigado a enfrentar novamente por “amor” a Story. Tal como se afastou dele por amor.
Não foi por acaso que Cleveland encontrou a narf. Esta viagem é a sua função, a sua essência. E é de função, propósito e essência, que fala Lady in the Water. De que falam todos os filmes de M. Night Shyamalan.
Em “Sinais”, outro dos seus filmes, há uma cena entre os dois protagonistas em que o mundo é dividido em dois tipos de pessoas – aqueles que acreditam em sinais, que acreditam que há uma ordem para as coisas, e aqueles que acham que a vida é uma sucessão de momentos arbitrários. Shyamalan insere-se na primeira categoria. Essa convicção percorre todos os seus filmes em pequenas pistas que nos indicam o final. Pistas que nem sempre são visíveis de imediato e muitas vezes só nos ocorrem depois do filme acabar, mas que estão lá – são frases, cores, momentos, que transmitem intuições. Porque M. Night acredita em sinais.
Em Lady in the Water, todas as peças se vão encaixando, pequenos sinais se vão revelando importantes e todos os “handicaps” se transformam em características essenciais para o desenvolvimento da estória – devolver a narf ao Mundo Azul, combatendo as forças que o querem impedir. As mesmas forças que nos impedem de ver além das fraquezas. Tudo aquilo que as personagens sempre encararam como inadequações ou bizarrias encontram em Story um propósito. Story representa a tal inocência e clarividência que nos filmes de Shyamalan parecem andar sempre de mãos dadas. Talvez por isso as crianças e o seu universo sejam sempre protagonistas nas histórias de M. Night, porque conseguem ver para além dos preconceitos e pré-definidos do mundo adulto e ter uma ligação intuitiva aos sinais que as rodeiam. Lady in the Water exige isso de nós, um regresso à infância, a mundos de monstros e fadas, de Guardiões e Simbolistas. Uma viagem ao passado para poder encarar o futuro. To move on. Há um pouco de Cleveland em todos nós, escondido e paralisado naquela figura neutra e apática. E provavelmente todos nós temos uma Story, que nos revela o nosso propósito e função no mundo. Ou uma série de Storys, porque esse propósito tem muitas curvas e contra-curvas, é mutável ao longo da vida.
Também eu acredito em sinais e talvez seja essa a minha fonte de ligação aos filmes de Shymalan. Acredito em sinais. Se tenho alguma religião ou fé, presumo que seja essa, que o mundo não é arbitrário, que as coisas acontecem e encaixam-se de uma forma que faz sentido, mesmo que seja um sentido desfocado que se vai tornando mais claro ao longo dos tempos. Se houve alguma coisa que me acompanhou ao longo dos anos e das mudanças, foi esta convicção. Está entranhada em mim e talvez assim o seja para me ajudar a sobreviver. Citando Lady in the Water, é a minha força de vida, aquilo que teima em palpitar mesmo quando tudo à volta parece morto...
Neste momento sou Cleveland, porteiro desta casa. Story está algures por aqui, nadando no Mundo Azul, à espera que eu a encontre, à espera que eu a ajude a transmitir esperança e beleza ao mundo. Eu procuro Story, a minha clarividência. O som do seu chapinhar na água chega até mim, distante, no eco dos corredores. Um dia chegarei até ela....espero eu.
“Long and hard is the path that leads from darkness into light” - Paradise Lost , John Milton
P.S. : Anita, obrigada pela recomendação ;) Embora continue, à primeira visão, a ter alguns...conflitos...com a forma como o Shyamalan tem decidido mostrar algumas das criaturas mais fantasiosas nos últimos filmes, a filosfia inerente à história é a minha cara lol tinhas razão :) Beijocas
Wednesday, July 18, 2007
Save me
Come on and save me
From the ranks of the freaks
Who suspect they could never love anyone
'Cause I can tell
You struck me dumb like radium
"Save me". lyrics by Aimee Mann
To be
Has not a Jew eyes?
Has not a Jew hands,organs,dimensions,senses,affections,passions,
Excerto do "Mercador de Veneza" de William Shakespeare
Saturday, July 14, 2007
A insustentável leveza do ser
Bom fim de semana a todos!
Tuesday, July 3, 2007
Respirar...
Para ajudar o ar a circular, uma música que abre as janelas da alma. A mim faz-me sempre respirar... Blossom in the tree you know how i feel.... Ainda por cima associada a uma grande série, sobre a existência de vida e emoções a Sete Palmos de Terra
Boa semana e respirem! :)
Wednesday, June 27, 2007
I want candy
Doces para dar alento para o resto da semana e para começar a preparar o fim de semana. Que os próximo dias sejam assim...
Naughty and Sweet ;)
Saturday, June 16, 2007
Slow Motion Feelings
"In the Mood for Love"
Bom fim de semana a todos, have fun, enjoy the music and the love ;)
Friday, June 8, 2007
Blogs com tomates
Why not know - não é "troca de galhardetes", é mesmo genuíno. Por ser um porto de serenidade e sabedoria, de palavras reconfortantes e perspicazes, de histórias de vida. É preciso ter tomates para se ser generoso como transparece no blog - insegurança é muitas vezes falta dos ditos cujos ;)
Ditluitoi - pelo sentido de humor, pelo carinho, pela forma optimista de ver a vida, mesmo quando os posts não são assim tão "risonhos". Pelo prazer de viver que se demonstra nos pequenos pormenores que partilha com quem por lá passa, seja uma música, uma foto ou os já famosos office-isms :P
Café&Cigarras - por ser o reflexo de uma verdadeira mulher com tomates ;) São mulheres destas que nos fazem ter orgulho em usar saltos altos ;) Uma mulher que parece viver a vida com prazer, que transmite beleza e energia positiva nos posts que partilha - as imagens são sempre lindissimas e os textos o espelho de alguém que sabe quem é e o que valoriza.
The White Scratcher - por ser o reflexo de alguém que vive a vida com tomates ( e não estou a falar dos bifes lol ) e sentido de humor, seguindo os valores que acha correctos, não ligando muito (ou nada ;) ) a quem não gosta. Os posts falam muitas vezes de beleza, de amor, de inocência, daquilo que é primordial e importante na vida. É um espaço para troca de ideias e de sensibilidades, de descobertas, porque nunca se sabe tudo - é preciso ter tomates para dar esse espaço a nós mesmos e aos outros, para admitir que se está sempre a aprender.
Tongzhi - um blog e um blogista que descobri mais recentemente, mas que entrou directamente para o meu coração :) sentido de humor caústico, ironia apurada, um coração enorme e um grande sentido de justiça e lealdade, por aquilo que conheço até agora. É preciso tomates para se ter tanta espinha dorsal numa altura em que ser "maleável" compensa mais.
Movieplayground - é difícil falar de alguém que se conheçe tão bem... mas é preciso ter tomates para viver a vida com tanta sensibilidade, com tanta honestidade como coloca nos posts - são janelas para a alma da Cris e mostrar a alma ao mundo, mesmo que por detrás de um ecran e num espaço virtual, não é fácil nem é para todos.
E aqui estão as minhas nomeações. Aceitam-se críticas e reclamações ;)
Boa semana a todos!