Monday, May 14, 2007

What is the truth?


LARRY: Like it?

ALICE: No.

LARRY: What were you so sad about?

ALICE: Life.

(...)

LARRY: So Anna tells me your boyfriend wrote a book. Any good?

ALICE: Of course.

LARRY: It's about you, isn't it?

ALICE: Some of me.

LARRY: Oh? What did he leave out?

ALICE: The truth.


Diálogos do filme "Closer", baseado numa peça de Patrick Marber

5 comments:

Miss Vesper said...

not sure...
truth could be the monday breeze
a soft sneeze
a "bless you", please

a sunny day
sometime in may
or even today...

not sure...
as uncertain am I
but only in my lie...

lie, truth,
truth, lie
all but sides of a coin...

away is the place...
confucious would say...
or maybe not
for those who will always be forgot...

onmywaytoheaven said...

;) love closer ;) love it!

Anonymous said...

Eh pá, o que eu gosto deste filme! Cada frase merece ficar para a posteridade… Tudo é sangue e vísceras… tudo é sentimento e frustração mostrando bem como somos… uma variação aqui outra ali mas há elementos que se repetem e nos exibem vários espelhos. Afinal, nenhum de nós é assim tão original como ambiciona ser.

“I fucked her to fuck you.” Lindo! Mais honesto que isto é difícil… Go Larry go! Lol

Mas falemos do post em si… Olha lá pá, não tinhas nenhum tema mais fácil para colocar? Lol. É difícil explicar o que é a verdade… é difícil saber o que é a verdade… Como bem sabes, ando naquela fase de olhar para tudo com uma certa desconfiança, de modo que, para mim, qualquer verdade que me dizem tem sempre um elevado potencial de ser uma grande mentira.

Tenho vivido mergulhada em mentiras que defendi como verdades. Afinal, as pessoas que pensava conhecer tão bem e os segredos partilhados que me pareciam tão reais simplesmente desapareceram. Ou eram grandes mentiras ou eram pequenas verdades com curto prazo de validade. Talvez sempre ali tenham estado ao natural sem que eu as visse. Por vezes, só temos capacidade para ver aquilo que queremos ver, o resto guardamos no bolso e esperamos que desapareça.

A verdade é aquela parte visceral em cada um de nós… a beleza dos defeitos… a intensa capacidade para amar e odiar em partes iguais… a roleta russa dos nossos fantasmas e inseguranças… a escuridão dos nossos medos… as fraquezas que insistimos em esconder para que ninguém nos abandone. A maioria dos sentimentos que ficam por dizer fazemo-lo para que a outra pessoa não se assuste e fuja… a maioria dos sentimentos que se declaram fazemo-lo para a outra pessoa não desista de esperar e fuja… Como não sabemos viver sozinhos vamo-nos ajustando às pessoas que queremos que façam parte da nossa vida… algumas vezes a verdade salva-nos, outras vezes condena-nos…

Sei o quanto dói quando a capa cai ou os nossos olhos se ajustam e subitamente a nossa verdade se transforma. O preto tornou-se branco. O cinzento tornou-se dúvida… No final é tudo tão diferente do que sempre acreditámos que nos sentimos afogar. A partir daí tudo muda, a começar por nós… Por cada verdade que oferecemos no passado recebemos mentiras e por cada mentira que criámos recebemos indiferença. Quantas gargalhadas arrancamos aos outros para esconder a nossa tristeza? Quantos comentários abstractos deitamos ao ar para que ninguém consiga raspar a nossa superfície? Se me queixar ninguém vai ligar, deixa-me lá então esconder a ferida e dizer meia dúzia de piadas… enquanto os faço felizes não me abandonam…

Tenho saudades do antigamente. Não das pessoas que agora se revelam… n, essas vejo agora que nunca conheci… tenho saudades das que foram, daquelas em quem acreditei, em quem depositei a minha confiança, com quem sonhei em conjunto… Tenho saudades da época em que era cega e vivia iludida… mas ainda bem que a verdade surgiu… por muito que doa prefiro a realidade à ficção… agora que já sei quem são, deixei de ser quem era… Talvez renasça algo de melhor…

Deeper said...

Peça de teatro essa que eu vou ter que ler! Amei esse filme, completamente cinzento, a prova de que 2+2 nem sempre são 4. Lindo!
Kisses Catwoman

Catwoman said...

Inixion e Deeper : Me too! Love it :)Lovei it :) este filme é fabuloso ;)dos melhores diálogos que já vi em cinema. Amamos e odíamos todas as personagens, nenhuma é constante ou perfeita,como a vida...

Anita e Cris : eu sei que esta pergunta não é fácil lol nem sei se tem resposta imediata...a verdade é para se ir descobrindo aos poucos, para se ir desvendando...desconfio de pessoas com muitas certezas e verdades absolutas. Pq afinal, como dizes Anita, há mentiras que podem revelar-se verdades e vice-versa. É difícil ter certezas na vida e por isso mesmo, difícil de acertar nas escolhas. Mas tb há verdade e beleza no erro, desde que se aprenda com eles, que nos ajudem a "construir" e a crescer, a ser mais completos, melhores pessoas, mais sábias.