- Aparição, Vergílio Ferreira (talvez o meu escritor favorito, faz parte do meu sangue)
- As Horas, Michael Cunnigham (é difícil alguém voltar a descrever tudo aquilo que amo no mundo desta forma...)
- O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde (porque inteligência, ironia e alguma crueldade são irresistivéis para mim...)
- O Monte dos Vendavais, Emily Brönte (tudo aqui é sangue, cada emoção é sentida como se fosse a única e a última alguma vez a ser sentida no mundo...)
- Lolita, Vladimir Nabokov (um livro marcado a ferro e fogo na pele...simplesmente adoro porque o mundo não é a preto e branco...)
- 1984, George Orwell ( avassalador pela análise profunda e perspicaz deste "Admirável" Mundo Novo que ainda estamos a descobrir hoje e que Orwell viu com tanta clareza... brilhante)
- O grande Gatsby, F.Scott Fitzgerald ( simplesmente porque o fascínio não se explica e eu sou fascinada por tudo neste livro...)
Parte desta escolha está relacionada com a altura em que foram lidos. Praticamente metade da lista foi lida no Verão em que a minha avó morreu, em que passei muito tempo em casa porque ela precisava de companhia constante. Estes livros foram as minhas testemunhas, a minha companhia, o meu refúgio. E há alturas em que as palavras dos outros são a nossa melhor expressão, o nosso maior conforto...Tal como há alturas, como agora, em que temos a mente tão cheia e tão em alvoroço que parece não haver espaço para deixar entrar outros universos. Talvez por isso não leia um livro já há algum tempo... mas na mesinha de cabeceira está o "Norwegian Wood" do Haruki Murakami, que parece chamar por mim. Se calhar está na altura em que viajar por outros mundos é um imperativo para a sanidade mental...
Aliás, pegando no conceito "livros na mesa de cabeceira" do Senhor do Mundo :P na minha mesa de cabeceira, para além de Murakami, estão sempre "Poemas escolhidos de António Gedeão" (neste momento muito bem entregue noutras paragens, porque as coisas boas são para se partilhar ;) ) "Aforismos" de Oscar Wilde, poemas da Sophia de Mello Breyner e o último bom livro que li...porque quando são muito bons e ficam entranhados, preciso da presença física deles durante algum tempo...simplesmente não consigo arrumá-los na estante de imediato.
Agora Anita, um desafio pessoal : que tal um post com as nossas citações favoritas dos livros favoritos? ;) Sabes bem que somos cromas o suficiente para as termos todas escritas num caderno algures... lol Pensa nisso e diz qualquer coisa ;)
Beijinhos a todos, boa semana :)
4 comments:
É curioso olhar para esta tua lista e verificar que por uma razão ou outra, todos estes livros estão também incluídos na minha lista de favoritos... se bem me lembro O Retrato de Dorian Gray e o Lolita que li são teus e O Monte dos Vendavais e O Grande Gatsby que leste são meus. :) Como disse antes, como planeio dedicar posts a cada um dos meus livros de eleição, ainda não é desta que exponho a minha imensa listagem... sim, porque isto de reduzir a 5 ou até mesmo 10 é difícil, senão mesmo doloroso...
Tu ainda não leste o Norwegian Wood? Pois não sabes o que perdes... este livro que te "obriguei a pedir-me emprestado" lol, é um dos livros da minha vida. O exemplo perfeito do romance para freaks, cada personagem em toda a sua complexidade faz-nos sentir menos sozinhos... menos únicos... acho que vais gostar... se não, podes sempre atirar-me com uma pedra à cabeça lol
Quanto ao teu desafio... eis algo trabalhoso... pois muito bem, desafio aceite... vou percorrer o meu caderninho de citações e um dia destes hei-de acrescentar a minha posta sobre o assunto ;) Para já deixo-te com uma do genial Oscar Wilde e é daquelas pérolas de sabedoria que a cada dia que passa vejo mais confirmada: "Os homens amam com os olhos, as mulheres com os ouvidos."
Beijinhos
Minha boa amiga
gostei muito da descrição que fazes para a escolha dos teus livros preferidos. Curiosamente, são todos hoje, considerados clássicos, ou de escritores clássicos, aos quais nunca se poderá ficar indiferente; e é curioso, que todos, penso eu, já deram origem a filmes.
Beijoquitas.
É verdade Anita, muitos dos nossos livros favoritos são partilhados, assim como os filmes e os cds. E um pouco como nas Virgens Suicidas, em que se trocam músicas pelo telefone com a solenidade e a importância que só a adolescência permite, também eu acho que são estas pequenas partilhas que unem as pessoas - a partilha de coisas que nos tocam, que nos emocionam, a tal ponto que as queremos dar a conhecer às pessoas de quem gostamos. A nossa amizade tem sido feita de muitas dessas partilhas e de muitas outras...se bem que nós arranjamos sempre forma de as interligar lol ;)
Qto ao Norwegian Wood, eu depois dou feedback ;)E quanto ao desafio, vamos a isso :)
Beijocas
Amigo Pinguim, ainda não tinha visto a lista por esse lado, de quase todos eles terem dado origem a filmes, mas é bem verdade. Talvez seja a minha ligação instintiva entre a palavra e a imagem, a minha grande paixão, que o cinema aglutina de forma perfeita, juntando ainda a música e outra coisa fundamental - o Homem, todas as emoções que um grande actor ou actriz consegue transmitir com a expressão facial e corporal. Um grande actor é o mestre de marionetas das emoções.Tal como o são um grande escritor, realizador, músico, pintor... A diferença é que a tela do actor é o seu próprio corpo.
Acho que os grandes clássicos assim o são por um motivo e quando os lemos ( se os lemos na altura certa) entendemos isso, porque são obras universais, sobre questões imortais. E eu ainda estou a descobri-los todos lol ;) Ainda bem que gostaste das descrições. Fico contente que esta casa traga bons momentos a quem a visita, especialmente a queridos amigos como tu :)
Beijoquitas
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