Wednesday, June 17, 2009

A insustentável leveza do Blá, Blá, Blá...



É dito que o aprender a lidar com o mundo e com as pessoas é sinal de maturidade. Profissionalismo. Realismo. Que o "jogo de cintura" é uma ferramenta essencial à sobrevivência do "Homem das Cavernas Moderno"( que é como quem diz o Homem que ataca com estupidez, ignorância e falta de respeito, e não paus). No entanto, para desenvolver essa ferramenta, aprendemos a controlar o nosso lado mais emotivo. A dada altura, passamos a reagir mais do que pensamos ou sentimos. Ou melhor, o que pensamos e sentimos é adormecido num canto precioso até termos espaço mental para "lidar com". Para "reflectir sobre". Se pensarmos ou sentirmos demasiado, com muita força, deixamos de conseguir reagir à selva diária e essa selva é um facto incontornável do nosso dia-a-dia. Podemos e devemos aprender a conhecê-la para sabermos navegar. Para não termos medo dos dragões que existem para além das fronteiras conhecidas dos mapas. É preciso conhecer as regras do jogo para ser um bom batoteiro...


Mas será que esse enfraquecer dos músculos do sentir é reversível? Estaremos com isso a fortalecer o nosso sistema imunitário ou a perder o controlo de funções vitais? Até quando podemos adiar o pensar mais, o sentir muito? Quando é que vamos arranjar espaço e tempo, se nunca paramos?
Será que os instantes que partilhamos com aqueles que amamos são suficientes para manter o nosso lado mais verdadeiro vivo?


Uma gargalhada, um olhar, um toque. São estas as âncoras diárias que nos prendem às emoções que o mundo teima em congelar. É esta a linguagem que substitui as palavras que a vida nos esgota.

Saturday, June 6, 2009